segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA

O USO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA




Introdução

Atualmente, os modernos recursos didáticos e demais equipamentos relacionados ao uso das Tecnologias da Informação – TICs se tornaram fundamentais para a vida contemporânea, sobretudo, para a Educação.
Sob esse contexto, estudos conduzidos em diferentes países apontam a existência de concepções distintas acerca de tecnologia e suas implicações na educação escolar. Assim, os Parâmetros Curriculares Nacionais, ao apresentarem as novas diretrizes para o Ensino de Matemática salientam o seu papel para a discussão e argumentação de temas de interesse de ciência e tecnologia. Um segundo aspecto salientado é a interconexão tecnologia e matemática:

[...] perceber o papel desempenhado pelo conhecimento matemático no desenvolvimento da tecnologia e a complexa relação entre ciência e tecnologia ao longo da história; acompanhar criticamente o desenvolvimento tecnológico contemporâneo, tomando contato com os avanços das novas tecnologias nas diferentes áreas do conhecimento para se posicionar frente às questões de nossa atualidade (BRASIL, 2002, p. 117-118).

O uso da tecnologia na educação básica está, assim, fortemente presente no discurso educacional oficial, e já deve ter sido incorporado ao discurso de professores da educação básica. A nosso ver, a superação das barreiras para o uso efetivo de tecnologia nas escolas depende de dois movimentos paralelos: do professor enquanto sujeito, no sentido de se formar para uma incorporação tecnológica, e do sistema educacional, enquanto responsável pela implantação das condições de incorporação da tecnologia na escola.

 Justificativa


Sendo assim, os alunos poderão explorar o mundo utilizando o computador como ferramenta de aprendizagem e instrumento para desenvolver habilidades. Diante desse panorama, verifica-se a necessidade de inseri-los no chamado “letramento digital” transformando as disciplinas em integradas, modernas, didáticas e motivadoras.
No entanto, precisamos de programas cujo grau de interatividade que o aluno tem com os conceitos seja maior do que em uma aula expositiva. Dada a quantidade de informações que a informática coloca à disposição do aluno, o papel do professor como orientador que ajuda os estudantes a comparar, selecionar, avaliar e criticar deve ser maior do que na época que utilizávamos apenas os livros.
Desse modo, centramos o foco de nosso trabalho no movimento que cada professor de matemática precisa realizar, com vistas a sua própria formação para a tecnologia. Nas pesquisas sobre o papel que as “novas tecnologias” e as tecnologias de
informação e comunicação (TICs) poderiam desempenhar na educação matemática, e nos documentos de propostas curriculares oficiais de diversos países, podemos identificar grandes categorias de argumentos que caracterizam duas concepções. A primeira concepção, que denominamos consumir tecnologia, está relacionada aos argumentos que essencialmente sustentam serem as novas tecnologias e as TICs recursos poderosos para ensinar e aprender matemática.
As visões aglutinadas na segunda concepção, que denominamos incorporar tecnologia, sustentam que ao se assenhorearem das novas tecnologias e das TICs, transformando-as em ferramentas e instrumentos cognitivos, professores e educandos mudam a forma de fazer matemática e mudam a forma de pensar matematicamente. Algumas das visões subjacentes a essa concepção avançam ao afirmar que as novas tecnologias e as TICs mudam a própria matemática que se ensina, se faz e se aprende.



Objetivos: 
           Entendemos que o objetivo da aula com o Software Geogebra representa uma evolução do entendimento do professor sobre as concepções do uso da tecnologia na Educação Matemática e de sua atitude de consumir a tecnologia para incorporar e matematizar essa tecnologia. A concepção matematizar a tecnologia entende tecnologia como parcialmente decorrente da matemática e, ao mesmo tempo, impulsionando o desenvolvimento da mesma.

Metodologia

Geogebra: uso das TIC

O exemplo de boas práticas pedagógicas já se tornou constante na Rede Municipal de ensino de Ourinhos. Nos dias 08 e 11/04/2011,  nas dependências do Laboratório de Informática da EMEF Profa. Jandira Lacerda Zanoni,  sob a responsabilidade da professora de Matemática Silmara Aparecida Pedroso da Silva e com o apoio do Professor Hélio R. Cavenago, as turmas 901, 902, 903 puderam apreciar uma aula com o software GEOGEBRA. Foi possível constatar um momento de aprendizado riquíssimo e contemplação durante a explicação da professora e do trabalho desenvolvido em sala de aula. O GEOGEBRA é um software de acesso livre que  permite utilizar, copiar e distribuir o aplicativo para fins não comerciais, por isso poderá  ser um importante aliado dos professores como recurso metodológico. Além disso, permite a abordagem de diversos conteúdos trabalhados na Educação Básica (Ensino Fundamental e Médio), especialmente Geometria e Funções.
Por meio da construção interativa de figuras e objetos, é possível melhorar a compreensão dos alunos por meio da visualização, percepção dinâmica de propriedade, estímulo heurístico à descoberta e obtenção de conclusões "validadas" na experimentação.
Os professores de nível II das Escolas Municipais estão promovendo estudos do GEOGEBRA durante os seus horários de estudos (HE), realizados quinzenalmente junto ao professor-coordenador de Matemática, Hélio Roberto Cavenago, com o apoio do professor Ricardo Ferreira, responsável pelo Setor de Informática que viabilizou a instalação do software em todas as Unidades Escolares de Nível II. “Podemos agora propiciar aos nossos alunos aulas diferenciadas para o exercício do aprendizado”, ressalta o professor Hélio Roberto Cavenago.
É a Rede Municipal de Ensino de Ourinhos, no uso das novas Tecnologias da Informação, mostrando mais uma vez o compromisso dos profissionais da Educação do Município de Ourinhos.









Referências Bibliográficas:

REIS, M. F. Da revisão da educação tecnológica à base conceptual para uma nova política de educação tecnológica. In: REIS,M.F. Educação Tecnológica: a montanha pariu um rato? Porto: Porto Editora, 1995, Cap. 2, p.37-57.